segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Metallica encerra 3º dia do Rock in Rio com show

 
Até a última palheta ser gasta, até a última baqueta quebrar, o Metallica há de fazer apresentações demolidoras. É assim há exatos trinta anos e não foi diferente no show que encerrou a terceira noite do Rock in Rio. Todos os clássicos, de Master of Puppets a Sad But True, foram tocados com a energia obstinada que os consagraram, construindo uma apresentação avassaladora que desponta como o melhor show do festival até agora.
Depois do pop friamente calculado que dominou o primeiro dia, as cópias de nu metal que dominaram o segundo, é um alívio a presença de uma banda cuja pegada é brutal e ao mesmo tempo inteligente. O peso demente, dez vezes mais barulhento, do Slipknot, que abriu para Lars Ulrich, James Hetfield, Robert Trujillo e Kirk Hammett, virou poeira diante da experiência da banda californiana.
Se existe elegância no heavy metal, o Metallica a tem de sobra. Os músicos gostam tanto do que fazem que não conseguem ir embora. O bis teve três músicas e, por mais quinze minutos, a banda correu pelo palco, jogou palhetas à plateia, agradeceu a energia do público. Kirk Hammett, em um econômico número solo, tocou um trecho de Samba de Uma Nota Só. James Hetfield fez reverências a Lemmy Kilminster, padrinho do thrash metal que tocara no início da noite. Na plateia, a devoção à banda unia o mar de camisas pretas. “Isso aí me ensinou a ser homem”, contou com orgulho o tatuador Erol Tattoo, que veio de Belo Horizonte e já assistiu a todas as apresentações da banda no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário